Introdução
Entenda o que é o pleonasmo e como essa figura de linguagem funciona na oração. Pleonasmo literário. Pleonasmo vicioso. Objeto pleonástico.
Essa figura de linguagem é muito usada no vocabulário informal do brasileiro, apesar de muitos não saberem o seu significado ou sequer perceber a sua presença. Quer descobrir o que é e para que serve? Confira abaixo dicas importantes para identificar o pleonasmo e compreender sua função.
Pleonasmo
Dependendo da circunstância, o pleonasmo pode apresentar várias funções. No total existem três pleonasmos: literário, vicioso ou o objeto pleonástico. Todos dependem do objetivo do locutor.
Pleonasmo literário
Esse tipo de pleonasmo está relacionado à forma poética que o locutor quer apresentar. Dessa forma, ele é usado para enfatizar um conceito ou ideia com o objetivo de intensificar o valor dela e despertar maiores sentimentos no leitor.
- "Me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã." (Chico Buarque)
- "Chovia uma triste chuva de resignação." (Manuel Bandeira)
- "Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal." (Fernando Pessoa)
- "E rir meu riso e derramar meu pranto." (Vinicius de Moraes)
Todos os exemplos foram tirados de poemas, e tem como objetivo realçar a ideia. Um mar só pode ser salgado e só pode sorrir um sorriso. Essa é a forma como o pleonasmo literário atua.
Pleonasmo vicioso
Também conhecido como vício de linguagem, o pleonasmo vicioso está inteiramente ligado à ideia de redundância. É importante destacar que, na verdade, ele é um erro sintático cometido por uma pessoa que desconhece as normas gramaticais mas, consequentemente, não tem a intenção de fazê-lo.
- Luís acabou de subir pra cima.
- Mamãe mandou a gente entrar para dentro agora.
- Eu vi com os olhos o que você fez com a sua irmã.
- Essa festa foi uma grande surpresa inesperada para mim, obrigada!
Como mostrado acima, o pleonasmo vicioso é uma redundância. Se alguém vai subir só pode ser para cima ou se é uma surpresa ela só pode ser inesperada. Diferente do pleonasmo literário, a ideia não é intensificar, e sim repetir algo sem intenção.
Objeto pleonástico
O objeto pleonástico também está ligado à ideia de realçar, no entanto, é específico para objeto direto e indireto da língua portuguesa. Essa é uma forma mais suave de repetição, pois pode ser colocada no início da frase e reafirmada no final.
- A mim não me deu nenhuma satisfação.
- O bolo, Arthur o trouxe ontem.
- À mulher inteligente, basta-lhe uma oportunidade.
- Às rosas, no jardim, não lhes poupei água e adubo.
Todos acimas são tipos de pleonasmos, alguns um pouco mais difíceis de perceber e outros mais fáceis. Essa figura de linguagem é muito usada no fala cotidiana do brasileiro, mas também está presente nas obras literárias mais famosas. Com todas essas dicas e explicações, fica mais simples distingui-los e usá-los corretamente.
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